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Tratamento para Síndrome de Intestino Curto

O tratamento da síndrome do intestino curto se baseia em adaptar a alimentação e os suplementos nutricionais, de forma a compensar a redução da absorção de vitaminas e minerais que a porção em falta do intestino provoca, para que o paciente não fique desnutrido nem desidratado. A recuperação completa para o intestino voltar a absorver adequadamente os nutrientes e a perda de peso ser controlada pode demorar até 3 anos.

Porém, a gravidade desta síndrome depende da parte do intestino que foi removida, que pode ser uma porção do intestino grosso ou delgado e da quantidade de intestino removido.

Em geral, os nutrientes mais suscetíveis à má absorção, são as vitaminas A, D, E, K, B12 e minerais como cálcio, ácido fólico, zinco ou ferro. Por isso, alimentação do paciente inicialmente é feita com suplementação nutricional, diretamente pela veia e visa prevenir e tratar problemas como atraso no desenvolvimento, no caso de crianças, anemias; hemorragias e hematomas; osteoporose; dor e fraqueza muscular; insuficiência cardíaca; e até mesmo a desidratação que pode colocar em risco a vida do paciente.

Nutrientes mais importantes de acordo com a porção do intestino em falta

Constituição do intestino

A má absorção dos nutrientes depende da porção que é afetada, sendo que:

  • Jejuno - Cálcio, Ferro, magnésio, proteína, carboidrato e gordura;
  • Íleo - Vitamina B12;
  • Cólon - Água, sais minerais e ácidos gordos de cadeia curta;

Em alguns casos, para compensar a falta de nutrientes, pode ser necessário um transplante de intestino delgado para curar a insuficiência intestinal e evitar a dependência da nutrição parenteral total para o resto da vida. .

Alimentação para recuperação da cirurgia

Normalmente, durante os primeiros 5 dias após a cirurgia, a alimentação é mantida através da veia chamada de Nutrição Parenteral Total, para que o intestino possa cicatrizar em repouso. Depois desse período, quando as diarreias estiverem menos frequentes, se inicia também a alimentação por sonda para começar estimular lentamente os movimentos do estômago e intestino, diminuindo o volume da alimentação pela veia, durante cerca de 2 meses.

Após aproximadamente 2 meses de recuperação, na maioria dos casos, o paciente já é capaz de se alimentar pela boca fazendo pequenas refeições, até 6 vezes ao dia. Porém, a alimentação pela sonda nasogástrica é mantida de forma a garantir a ingestão de calorias e nutrientes para manter e recuperar o estado nutricional, até que o paciente seja capaz de se alimentar sem a sonda, processo que pode demorar entre 1 a 3 anos.

Alimentação pela sonda nasogástrica

Alimentação pela veia

Porém, é possível que em alguns casos, o paciente passe o resto da vida dependendo de alimentação parenteral e de suplementação nutricional para evitar a desnutrição e problemas como anemia, por exemplo.

A recuperação da cirurgia de remoção de uma porção do intestino pode ser feita através de um corte grande no abdômen ou por laparotomia, e pode demorar entre 2 a 6 horas e o paciente pode ter que ficar internado no hospital para recuperação por um período que pode variar entre 10 dias a 1 mês, pelo menos. Este tipo de cirurgia é muito arriscado pois o intestino tem muitas bactérias que podem provocar infecções graves, e é ainda mais delicada, se o paciente for criança ou idoso.