pt.odysseedubienetre.be

O que é Cirrose Biliar e como tratar

A cirrose biliar é uma doença crônica na qual os ductos biliares presentes dentro do fígado vão sendo gradualmente destruídos, impedindo a saída da bile e levando a que se acumule no interior do fígado, causando inflamações e lesões.

Existem dois tipos principais de cirrose biliar:

  • Cirrose biliar primária: afeta principalmente os ductos biliares de tamanho médio dentro do fígado e é caracterizada pela destruição, cicatrização e eventual desenvolvimento de cirrose e insuficiência do fígado;
  • Cirrose biliar secundária: é caracterizada por uma obstrução prolongada da árvore biliar, resultando em alterações rápidas e profundas no fígado. A causa mais comum nos adultos são os cálculos de vesícula ou tumores.

Normalmente, a cirrose biliar surge em pessoas com doenças autoimunes, como artrite reumatoide, esclerodermia ou Síndrome de Sjögren e, por isso, também é vista como uma doença autoimune, na qual o corpo ataca as próprias células dos ductos biliares.

Ainda não existe cura para a cirrose biliar, no entanto, como a doença pode causar danos graves no fígado, existem alguns tratamentos que parecem atrasar seu desenvolvimento e aliviar os sintomas.

O que é Cirrose Biliar e como tratar

Sintomas mais comuns

Na maioria dos casos a cirrose biliar é identificada antes de surgir qualquer sintoma, especialmente através de exames de sangue que são feitos por outro motivo ou por rotina. No entanto, os primeiros sintomas podem incluir cansaço constante, coceira na pele e até olhos ou boca secos.

Já quando a doença se encontra numa fase mais avançada, os sintomas podem ser:

  • Dor na região superior direita do abdômen;
  • Dor nas articulações;
  • Pés e tornozelos inchados;
  • Barriga muito inchada;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Diarreia com fezes muito gordurosas;
  • Perda de peso sem razão aparente.

Estes sintomas também podem ser indicativos de outros problemas no fígado e, por isso, é aconselhado consultar um hepatologista para fazer exames de sangue e outros de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, para identificar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento mais adequado.

Confira 11 sintomas que podem indicar problemas no fígado.

Causas da cirrose biliar

A causa da cirrose biliar é desconhecida, mas está frequentemente associada às pessoas portadoras de doenças auto-imunes e, por isso, é possível que o próprio organismo inicie um processo de inflamação que destrói as células dos canais biliares. Essa inflamação pode depois passar para as outras células do fígado e levar ao surgimento de danos e cicatrizes que comprometem o correto funcionamento do órgão.

Como é feito o tratamento

Não existe uma cura para a cirrose biliar, porém, podem ser usadas alguns medicamentos para atrasar o desenvolvimento da doença e aliviar os sintomas, que incluem:

  • Ursodiol: é um dos primeiros medicamentos utilizados nestes casos, pois ajuda a bile a passar pelos canais e sair do fígado, reduzindo a inflamação e evitando lesões no fígado;
  • Ácido obeticólico: este remédio também pode ser conhecido como Ocaliva e ajuda no funcionamento do fígado, diminuindo os sintomas e a progressão da doença;
  • Fenofibratos: este medicamento ajuda a diminuir a inflamação do fígado e reduzir os sintomas como coceira generalizada na pele.

Nos casos mais graves, em que o uso de remédios parece não atrasar o desenvolvimento da doença ou quando os sintomas continuam muito intensos, o hepatologista pode aconselhar um transplante de fígado, de forma a prolongar a vida da pessoa.

Normalmente, os casos de transplante são um sucesso e a doença desaparece completamente, devolvendo a qualidade de vida à pessoa, mas pode ser necessário ficar em uma lista de espera para um fígado compatível. Entenda mais sobre como é feito o transplante de fígado.

Além de tudo isso, é comum que pessoas com cirrose biliar tenham dificuldade para absorver gorduras e vitamina. Dessa forma, o médico pode aconselhar o acompanhamento com um nutricionista para iniciar a suplementação de vitaminas, especialmente vitaminas A, D e K.