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Como diferenciar os tipos de diabetes

Os principais tipos de diabetes mellitus são o Tipo 1 e o Tipo 2, que apresentam algumas diferenças, como em relação à sua causa, podendo ser auto-imune, como no caso do Tipo 1, ou associada a genética e hábitos de vida, como acontece no tipo 2.

Estes tipos de diabetes também podem variar de acordo com o tratamento, que pode ser feito com o uso de medicamentos por comprimido ou com aplicação de insulina.

Entretanto existem, ainda, outros variantes destes tipos de diabetes, que são o diabetes Gestacional, que surge em mulheres grávidas por influência das alterações hormonais deste período, o diabetes Latente Autoimune do Adulto, ou LADA, e o Maturity Onset Diabetes of the Young, ou MODY, que misturam caractarísticas do diabetes tpo 1 e 2.

Como diferenciar os tipos de diabetes

Assim, para entender melhor a diferença entre o diabetes tipo 1 e 2, e dos outros variantes, é importante saber como cada doença se desenvolve:

1. Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, na qual o organismo ataca, de forma errada, as células do pâncreas, causando a destruição das células que produzem insulina. Assim, a falta de produção de insulina para o sangue faz com que haja um acúmulo de glicose na circulação, o que pode trazer malefícios para vários órgãos, como insuficiência renal, retinopatia ou cetoacidose diabética.

Esta doença pode não provocar sintomas, entretanto, em alguns casos pode surgir:

  • Vontade frequente para urinar;
  • Sede e fome excessivas;
  • Perda de peso sem causa aparente.

Este tipo de diabetes, geralmente, é diagnosticado na infância ou na adolescência, pois é quando acontece esta alteração da imunidade.

Normalmente, o tratamento para a diabetes tipo 1 é feito com injeções diárias de insulina, além de uma alimentação com pouco açúcar e baixa quantidade de carboidratos. Saiba como deve ser a alimentação e o que deve e não deve comer no diabetes.

Também é importante que os pacientes mantenham a prática regular de exercício físico, sob orientação de um educador, para ajudar a controlar os níveis de açúcar e manter um metabolismo regulado.

2. Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é o tipo mais comum de diabetes, sendo causado por fatores genéticos juntamente com maus hábitos de vida, como consumo exagerado de açúcar, gordura, sedentarismo, sobrepeso ou obesidade, que provocam defeitos na produção e na ação da insulina no corpo.

Geralmente, este tipo de diabetes é detectado em pessoas acima dos 40 anos, pois é desenvolvido ao longo do tempo e, nas fases iniciais não causa sintomas, provocando danos ao corpo de forma silenciosa. Entretanto, em casos graves e com falta de tratamento, pode causar os seguintes sintomas:

  • Sensação constante de sede;
  • Fome exagerada;
  • Vontade de urinar frequente;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Dificuldade de cicatrização de feridas;
  • Visão turva.

Antes de se instalar o diabetes, normalmente, a pessoa já teve um período de glicose alta no sangue por vários meses ou anos, que é o pré-diabetes. Nesta fase, ainda é possível impedir o desenvolvimento do diabetes, com realização de atividades físicas e controle da dieta. Entenda como identificar e tratar o pré-diabetes, para impedir que se desenvolva o diabetes.

O tratamento da diabetes tipo 2 é feito com remédios para controlar a glicose no sangue, como metformina, glibenclamida ou gliclazida, por exemplo, prescritos pelo clínico geral ou endocrinologista. Mas, dependendo do estado de saúde do paciente ou da piora dos níveis de açúcar no sangue, pode ser necessário o uso diário da insulina.

Além dos medicamentos, uma alimentação controlada em açúcar, carboidrato e gorduras, além do exercício físico regular, são essenciais para o controle correto da doença e um envelhecimento com saúde e com menos medicamentos. Saiba mais como deve ser o tratamento e as consequência do diabetes tipo 2.

Resumo das diferenças entre o diabetes Tipo 1 e Tipo 2

Na tabela, encontra-se um resumo das principais diferenças entre estes dois tipos de diabetes:

Diabetes Tipo 1Diabetes Tipo 2
CausaÉ uma doença auto-imune, em que o corpo ataca as células do pâncreas, que deixam de produzir insulina.Predisposição genética, em pessoas que têm fatores de risco, como sobrepeso, sedentarismo, dieta com excesso de carboidratos, gorduras e sal.
IdadeComum em crianças e adolescentes, geralmente, dos 10 aos 14 anos.Na maioria das vezes, em pessoas acima dos 40 anos que passaram por um período prévio de pré-diabetes.
Sintomas

Os mais comuns são: boca seca, urina excessiva, muita fome, perda de peso.

Os mais comuns são: perda de peso, urina excessiva, cansaço, fraqueza, alteração da cicatrização, visão turva.

TratamentoUso de insulina dividida em várias doses ou em bomba de insulina, diáriamente.Uso de antidiabéticos em comprimido, diariamente. Pode ser necessário o uso de insulina em casos mais avançados.

O diagnóstico do diabetes deve ser feito com exames de sangue que identificam o excesso de glicose na circulação, como glicemia de jejum, hemoglobina glicada, teste de tolerância à glicose e teste da glicemia capilar. Veja como são feitos estes exames e os valores que confirmam o diabetes.

3. Diabetes gestacional

O diabetes gestacional surge durante a gravidez e pode ser diagnosticado nos exames de teste de glicose após as 22 semanas de gestação, sendo, também, causada por disfunção na produção e ação da insulina no corpo.

Geralmente, acontece em mulheres que já tem uma predisposição genética ou que têm hábitos de vida que não são saudáveis, como uma alimentação com excesso de gorduras e açúcares.

Os sintomas da diabetes gestacional são semelhantes aos da diabetes tipos 2 e o seu tratamento é feito com alimentação adequada e exercícios para o controle do diabetes, já que esta tende a desaparecer após o nascimento do bebê. No entanto, na maioria dos casos, é necessário o uso de insulina para um controle adequado da glicose no sangue.

Saiba melhor quais são os sintomas do diabetes gestacional, seus riscos e como tratar.

4. Outros tipos

Existem, ainda, outras formas de desenvolver o diabetes, que são mais raras e desencadeadas por diferentes motivos. Alguns deles são:

  • Diabetes Latente Autoimune do Adulto, ou LADA, é um forma autoimune do diabetes, mas que acontece em adultos. Geralmente, se suspeita deste tipo em adultos com diabetes tipo 2 que apresentam um comprometimento muito rápido da função do pâncreas, e que precisam usar insulina de forma precoce;
  • Maturity Onset Diabetes of the Young, ou MODY, é um tipo de diabetes que acontece em jovens, mas é mais brando que o diabetes tipo 1 e mais parecido com o diabetes tipo 2. Assim, não é necessário o uso de insulina logo do início. Este tipo de diabetes está sendo cada vez mais comum, devido ao aumento do número de crianças com obesidade;
  • Defeitos genéticos na ação, que é produzida pelo pâncreas com alterações que interferem na sua ação;
  • Doenças do pâncreas, como tumor, infecção ou fibrose;
  • Doenças endocrinológicas, como síndrome de Cushing, feocromocitoma e acromegalia, por exemplo;
  • Diabetes desencadeada pelo uso de medicamentos, como corticóides.

Existe, ainda uma doença chamada diabetes insipidus que, apesar de ter nome semelhante, não se trata de diabetes, sendo uma doença relacionada a alterações de hormônios que produzem a urina. Se quer saber mais sobre esta doença, veja como identificar e tratar o diabetes insipidus.