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Para que serve e quando é feita a cintilografia de corpo inteiro

A cintilografia de corpo inteiro ou pesquisa de corpo inteiro (PCI) é um exame de imagem solicitado pelo médico para investigar localização de tumores, progressão da doença e metástases. Para isso são utilizadas substâncias radioativas, chamadas radiofármacos, como o iodo-131, octreotide ou gálio-67, dependendo do objetivo da cintilografia, que são administrados e absorvidos pelos órgãos, emitindo uma radiação que é detectada pelo equipamento. Saiba para que serve o iodo radioativo.

As imagens são obtidas através de um equipamento, que faz o rastreamento do corpo inteiro, após um ou dois dias da administração da substância. Assim, é possível verificar como o radiofármaco se distribui no organismo. O resultado do exame é dito normal quando a substância se distribui uniformemente no corpo, e é indicativo de doença quando é percebida uma grande concentração de radiofármaco em um órgão ou região do corpo.

Para que serve e quando é feita a cintilografia de corpo inteiro

Quando é feita a cintilografia de corpo inteiro

A cintilografia de corpo inteiro tem como objetivo investigar o local primário de um tumor, a evolução e se há ou não metástase. O radiofármaco utilizado depende de qual sistema ou órgão se pretende avaliar:

  • PCI com iodo-131: tem como objetivo principal a tireoide, principalmente em quem já realizou a retirada da tireoide;
  • PCI com gálio-67: normalmente é feita para verificar a evolução dos linfomas, pesquisar metástase e investigar infecções;
  • PCI com octreotide: é feita para avaliar os processos tumorais de origem neuroendócrina, como os tumores de tireoide, pâncreas e o feocromocitoma. Veja como identificar e tratar o feocromocitoma.

A cintilografia de corpo inteiro é feita sob orientação médica e não representa risco para o paciente, pois as substâncias radioativas administradas são eliminadas naturalmente do organismo.

Como é feita a PCI

A pesquisa de corpo inteiro é feita basicamente em quatro etapas:

  1. Preparação da substância radioativa na dose a ser administrada;
  2. Administração da dose no paciente, seja por via oral ou diretamente na veia;
  3. Obtenção da imagem, por meio da leitura feita pelo equipamento;
  4. Processamento da imagem.

A cintilografia de corpo inteiro normalmente não necessita que o paciente fique em jejum, mas há algumas recomendações a serem seguidas a depender da substância que será administrada.

No caso do iodo-131 é recomendado evitar alimentos ricos em iodo, como peixes e leite, além de suspender o uso de alguns medicamentos, como suplementos de vitamina e hormônios da tireoide antes de realizar o exame. Caso não seja feita uma cintilografia de corpo inteiro, mas uma cintilografia apenas da tireoide, deve-se ficar em jejum de pelo menos 2 horas. Veja como é feita a cintilografia da tireoide e quais são os alimentos ricos em iodo que devem ser evitados para realização do exame.

O exame é feito com o paciente deitado com a barriga para cima e dura cerca de 30 a 40 minutos. Na PCI com iodo-131 e com o gálio-67 as imagens são feitas 48h após a administração do radiofármaco, mas se houver suspeita de uma infecção, a PCI com gálio-67 deve ser feita entre 4 e 6h após a administração da substância. Já na PCI com octreotide, as imagens são feitas duas vezes, uma com mais ou menos 6h e outra com 24h da administração da substância.

Após o exame a pessoa pode voltar às atividades normalmente e deve beber bastante água para ajudar a eliminar a substância radioativa mais rápido.

Cuidados antes do exame

Antes de ser submetido à cintilografia de corpo inteiro, é importante que a pessoa fale ao médico se possui algum tipo de alergia, se está em uso de algum medicamento que contenha Bismuto, como o Peptulan, por exemplo, que é utilizado para gastrite, ou se está grávida ou amamentando, uma vez que este tipo de exame não é recomendado, já que pode afetar o bebê.

Os efeitos colaterais relacionados à administração dos radiofármacos são raros, até porque são utilizadas doses muito baixas, mas podem acontecer reações alérgicas, erupção na pele ou inchaço na região em que a substância foi administrada. Por isso é importante que o médico saiba das condições do paciente.