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Como tratar o Choque Séptico

O tratamento do choque séptico deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência ainda na primeira hora em que foi detectado, com uso de antibióticos, medicamentos para regularizar a pressão arterial, hidratação na veia, além de uma rigorosa monitorização dos dados vitais e exames.

Este tratamento é realizado pelo médico no hospital, preferencialmente na UTI. Além dos remédios, é de fundamental importância a realização de exames para identificar o foco da infecção, como culturas, microbiologia e testes imunológicos, de forma a escolher o antibiótico mais apropriado e eliminar os efeitos da bactéria no organismo.

O choque séptico é um estado de inflamação exagerada do organismo devido a uma infecção, que provoca alterações na circulação sanguínea, queda da pressão arterial, havendo risco de falência dos órgãos e morte. Entenda o que é o choque séptico e como identificar.

Como tratar o Choque Séptico

São indispensáveis para o tratamento do choque séptico os seguintes passos:

1. Uso de antibióticos

Caso a sepse ou o choque séptico sejam detectados, um potente antibiótico deve ser iniciado, mesmo que ainda não se saiba o foco da infecção. Isto para que o microorganismo causador da infecção seja eliminado o mais rápido possível, diminuindo a resposta imune do corpo.

Geralmente, cerca de 10 dias de tratamento é suficiente na maioria dos casos, e alguns dos antibióticos mais utilizados incluem Ceftriaxona, Ceftazidima, Ciprofloxacino, Tazocin, Vancomicina, Meropenem, por exemplo. Após o resultado dos exames de cultura e identificação do microorganismo, o antibiótico deve ser adequado. Saiba mais sobre o exame que ajuda a identificar o melhor antibiótico.

2. Hidratação na veia

No choque séptico a circulação sanguínea fica extremamente prejudicada, o que dificulta a oxigenação do organismo. A realização de altas doses de soro na veia, cerca de 30 ml por kg, é recomendada como forma a ajudar manter o fluxo sanguíneo aceitável e melhorar a resposta aos medicamentos.

3. Medicamentos para a pressão arterial

No choque séptico há uma queda da pressão arterial grave, que não é resolvida somente com hidratação na veia, por isso, potentes remédios para a elevação da pressão arterial, chamados de vasopressores. Com estes remédios, é recomendado alcançar uma pressão arterial média de pelo menos 65 mmHg.

Alguns exemplos deste medicamentos são Noradrenalina, Vasopressina, Dopamina e Adrenalina, por exemplo, que são medicamentos que devem ser usados com uma rigorosa monitorização do médico, para evitar maiores complicações. Outra opção que o médico pode utilizar é medicamento que aumenta a força de batimento do coração, chamado Dobutamina.

4. Controle de exames

Durante o tratamento do choque séptico, tão importante quando o uso de remédios, é a realização de exames que ajudam a orientar o tratamento. Assim, exames como hemograma, gasometria arterial, medida da pressão venosa central para avaliar o fluxo sanguíneo, dosagem de lactato para avaliar a perfusão dos tecidos, quantificação da urina, além de culturas microbiológicas são fundamentais para auxiliar o médico a realizar o tratamento correto.

5. Transfusão sanguínea

Pode ser necessária para pacientes que têm sinais de um fluxo sanguíneo insuficiente e que tenham uma anemia com hemoglobina abaixo de 7mg/dl. Confira as principais indicações da transfusão sanguínea.

Como tratar o Choque Séptico

6. Uso de corticóides

Os medicamentos corticosteróides, como Hidrocortisona, podem ser indicados pelo médico como forma de reduzir a inflamação, no entanto, só há benefícios em caso de choque séptico refratário, ou seja, nos casos em que não se consegue melhorar a pressão arterial mesmo com hidratação e uso de remédios.

7. Hemodiálise

Nem sempre a hemodiálise é indicada, no entanto, pode ser uma solução em casos graves em que é necessária uma rápida remoção de excesso de eletrólitos, acidez no sangue ou em que há parada do funcionamento dos rins.

Sinais de melhora do choque séptico

Os sinais de melhora do choque séptico surgem cerca de algumas horas após o inicio do tratamento e incluem a normalização da pressão arterial, batimentos cardíacos e respiração, aumento da produção de urina, diminuição dos valores de lactato sanguíneo, regularização da respiração, assim como redução da febre.

Sinais de piora do choque séptico

Os sinais de piora do choque séptico surgem quando não há uma resposta adequada ao tratamento o que provoca a falência dos órgãos, identificada por sinais como confusão mental, dificuldade para respirar, coma, insuficiência renal, sangramentos e parada respiratória.