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Sinais de farmacodermia e como tratar

A farmacodermia é um conjunto de reações da pele, e do corpo, provocadas pelo uso de medicamentos, que podem se manifestar de várias formas, como manchas vermelhas na pele, caroços, erupções cutâneas ou, até, descolamento da pele, o que pode ser muito grave.

Qualquer medicamento pode desencadear estas reações na pele, mas os que mais comumente causam estes problemas são os antibióticos, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e os psicotrópicos como Amoxicilina, Aspirina, Ciprofloxacino, Penicilina ou Sulfonamidas, por exemplo.

Urticária.

Eritrodermia.

Principais sinais e sintomas

A farmacodermia pode se manifestar de formas diferentes, sendo que os principais tipos de apresentação são:

  • Urticária: forma manchas ou placas avermelhadas, espalhadas ou localizadas, que podem causar muita coceira, sendo o tipo mais comum de manifestação da alergia;
  • Erupção acneiforme: provoca lesões, chamadas de exantema, em forma de vesículas e que têm a aparência de espinhas;
  • Eritrodermia: é outro tipo de exantema que deixa a pele de todo o corpo avermelhada, seguida de uma descamação;
  • Eritema pigmentar ou multiforme: surgimento de manchas circulares avermelhadas ou arroxeadas, com uma pequena bolha no centro, comuns nas palmas das mãos. É comum que a pessoa tenha a mancha no mesmo local quando usar novamente o medicamento;
  • Eritema nodoso: presença de nódulos endurecido que ficam sob a pele, com a coloração avermelhada ou arroxeada;
  • Erupções bolhosas: bolhas de diversos tamanhos e formas, que têm risco de inflamar e infectar;
  • Fotossensibilidade: manchas de cores variadas, como vermelho ou marrom, desencadeadas após a exposição ao sol.

Estas reações podem ser acompanhadas de outros sintomas como coceira generalizada, inchaço na boca ou olhos, dificuldade para respirar, febre acima de 40ºC, dor nas articulações, ou em casos mais graves, de dificuldade para a coagulação do sangue.

Erupção acneiforme.

Eritema nodoso.

Para diagnosticar estas alterações, causadas por medicamentos, o clínico geral ou dermatologista devem excluir outras causas de manchas na pele, como infecções pelo Zika vírus, sarampo e reações a produtos ou roupas, por exemplo. Veja quais as doenças que causam manchas vermelhas na pele.

Além disto, existem algumas síndromes que se manifestam de forma grave, que podem surgir em algumas pessoas devido ao uso de remédios, como:

Estes tipos de reações são mais comuns em pessoas que têm alguma alteração da imunidade, como portadores do vírus HIV, bebês, idosos ou que têm história de alergias a alimentos.

Como é feito o tratamento

Geralmente, a farmacodermia é resolvida após a suspensão do medicamento, ou também é possível aliviar os sintomas com uso de anti-alérgicos ou corticóides, por exemplo, prescritos pelo médico.

Além disto, durante o tratamento, é recomendado que a pessoa siga uma dieta leve, com menos produtos que podem piorar as reações na pele ou que causam alergias com mais facilidade, como produtos industrializados, embutidos, enlatados, leite, amendoim e tomate, por exemplo. Veja qual tipo de alimentação se deve ter para melhorar as dermatites.

Sinais de melhora

Começam a existir sinais de melhora quando param de surgir novas lesões, e as lesões passam a diminuir progressivamente. É comum, entretanto, que alguns tipos de manchas durem por algum tempo, principalmente quando são manchas residuais escuras ou quando são desencadeadas pelo sol.

Após a melhora, é importante manter um acompanhamento com o dermatologista, que pode solicitar um exame para avaliar os tipos de alergia que a pessoa tem, para melhor orientar os medicamentos ou produtos que se deve evitar. Veja como é feito o teste de alergia.

Sinais de piora

Existe risco de piora em casos em que as lesões podem aumentar, ou quando os sintomas que acompanham as lesões de pele pioram, como inchaço, febre e dor nas articulações. Nestes casos, deve-se ir ao pronto-socorro o mais rápido possível para tratamento com medicamentos, como antialérgicos e corticóides, para impedir a progressão da reação e evitar que se transforme em reações alérgicas graves, como choque anafilático ou edema de glote, por exemplo.