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Hidropsia fetal - Doença rara que causa aborto

A hidropsia fetal é uma doença rara em que ocorre acúmulo de líquidos em diversas partes do corpo do bebê durante a sua gestação, como nos pulmões, no coração e no abdômen. Esta doença é muito grave sendo de difícil tratamento e pode levar à morte do bebê ainda no início da vida ou a um aborto espontâneo.

Em fevereiro de 2016 a hidropsia foi encontrada em um feto que também tinha microcefalia e acabou não sobrevivendo à gestação. No entanto a ligação entre a Zika e a hidropsia fetal ainda não está esclarecida e parece rara, a complicação mais grave e comum da Zika na gravidez continua sendo a microcefalia. Entenda as complicações da Zika na gravidez.

O que pode causar hidropsia fetal

A hidropsia fetal pode ser de causas não imunes ou pode ser imune, que é quando a mãe tem um tipo sanguíneo negativo, como A-, e o feto em tipo sanguíneo positivo, como B+. Essa diferença provoca problemas entre a mãe e o filho e deve ser tratada desde o início para não ter complicações. Veja mais em: Como o tipo de sangue negativo pode afetar a gravidez.

Hidropsia fetal - Doença rara que causa aborto

Dentre as causas do tipo não imune, estão:

  • Problemas no feto: alterações no coração ou nos pulmões;
  • Alterações genéticas: síndrome de Edwards, síndrome de Down, síndrome de Turner ou alfatalassemia;
  • Infecções: citomegalovírus, rubéola, herpes, sífilis, toxoplasmose e parvovírus B-19;
  • Problemas na mãe: pré-eclâmpsia, diabetes, anemia grave, falta de proteínas no sangue e Síndrome do Espelho, que é um inchaço generalizado no corpo da mãe e do feto.

Além disso, esse problema também pode surgir naturalmente em uma gestação aparentemente saudável, sem que uma causa seja identificada.

Como saber se o bebê tem hidropsia

O diagnóstico de hidropsia fetal é feito a partir do final do primeiro trimestre de gestação através do exame de ultrassom durante o pré-natal, que é capaz de mostrar o excesso de líquido amniótico e inchaço na placenta e em diversas regiões do corpo do bebê.

Complicações da Hidropsia fetal

Quando o feto apresenta hidropsia fetal podem surgir complicações que variam de acordo com a parte do corpo afetada. Os casos mais graves surgem quando o líquido encontra-se presente no cérebro do bebê, o que pode levar ao mal desenvolvimento de todos os órgãos e sistemas.

No entanto, a hidropsia também pode afetar somente uma parte do corpo, como os pulmões e neste caso somente há complicações respiratórias. Assim, as complicações não são sempre as mesmas e cada caso deve ser avaliado pelo pediatra, devendo ser realizados exames que comprovam a gravidade da doença e qual o tratamento mais indicado.

Como tratar e cura da hidropsia fetal

Quando a doença é descoberta durante a gestação o médico obstetra pode recomendar o uso de medicamentos corticoides ou que aceleram o desenvolvimento do bebê, ou pode recomendar uma cirurgia no feto ainda no útero para corrigir problemas no coração ou nos pulmões, quando estes órgão estão afetados.

Em alguns casos, pode ser recomendado fazer um parto antes da hora, através de cesariana.

Os bebês que sobrevivem devem ser tratados logo após o nascimento, mas o tratamento depende de como o bebê foi afetado e da gravidade da doença, o que depende da causa da hidropsia. Nos casos de hidropsia fetal imune ou quando a causa é anemia ou infecção por parvovírus, o tratamento pode ser feito através de transfusões sanguíneas, por exemplo.

Nos casos de hidropsia leve a cura pode ser alcançada, no entanto, quando o feto é gravemente afetado pode haver um aborto espontâneo, por exemplo.

Saiba quais são os principais sinais de alerta na gravidez e fique atenta para evitar complicações.