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Como é feita a cardiotocografia fetal

Cardiotocografia fetal é um exame realizado durante a gravidez para verificar os batimentos cardíacos e o bem estar do bebê, feito com sensores ligados à barriga da gestante que coletam estas informações, sendo especialmente indicado para grávidas após as 37 semanas ou em perídos próximos ao parto.

Este exame também pode ser realizado durante o trabalho de parto para monitorar a integridade da saúde do bebê neste momento, além de avaliar as contrações uterinas da mulher.

O exame de cardiotocografia fetal deve ser feito em clínicas ou unidades de obstetrícia, que contenham aparelhos e médicos preparados para o exame, e custa, em média, R$150 reais, a depender da clínica e local onde é feito.

Como é feita a cardiotocografia fetal

Como é feito

Para fazer a cardiotocografia fetal, são colocados eletrodos com sensores na ponta, segurados por um tipo de cinta sobre a barriga da mulher, que captam toda a atividade dentro do útero, sejam os batimentos cardíacos do bebê, sua movimentação ou as contrações do útero.

É um exame que não causa dor ou incômodos para a mãe ou ao feto, entretanto, em alguns casos, quando se suspeita que o bebê se mexe pouco, pode ser necessário fazer algum estímulo para acordá-lo ou agitá-lo. Assim, a cardiotocografia pode ser feita de 3 formas:

  • Basal: é feita com a mulher em repouso, sem estímulos, apenas observando os padrões de movimentos e batimentos cardíacos;
  • Estimulada: pode ser feita nos casos em que é necessário avaliar se o bebê irá reagir melhor após algum estímulo, que pode ser um som, como de uma buzina, uma vibração de uma aparelho, ou toque do médico;
  • Com sobrecarga: neste caso, o estímulo é feito com uso de remédios que podem intensificar a contração do útero da mãe, podendo-se avaliar o efeito desta contrações no bebê.

O exame tem a duração de cerca de 20 minutos, e a mulher fica sentada ou deitada, em repouso, até que sejam registradas as informações dos sensores no gráfico, em um papel ou na tela do computador.

Quando é feito

A cardiotocografia fetal pode ser indicada após as 37 semanas apenas para uma avaliação preventiva dos batimentos cardíacos do bebê.

Entretanto, pode ser indicada em outros períodos nos casos de suspeitas destas alterações no bebê ou quando o risco é aumentado, como acontece nas situações:

Condições de risco da gestanteCondições de risco no parto
Diabetes gestacionalParto prematuro
Hipertensão arterial descontroladaParto com atraso, acima de 40 semanas
Pré-eclâmpsiaPouco líquido amniótico
Anemia graveAlterações da contração do útero durante o parto
Doenças cardíacas, renais ou pulmonaresSangramento do útero
Allterações da coagulação do sangueMúltiplos gêmeos
InfecçãoDescolamento da placenta
Idade da mãe acima ou abaixo da recomendadaParto muito demorado

Desta forma, com a realização deste exame, é possível intervir o mais rápido possível, em caso de serem notadas alterações no bem estar do bebê, causado por asfixias, falta de oxigênio, fadiga ou arritmias, por exemplo.

Esta avaliação pode ser feita em diferentes períodos da gestação, como:

  • No anteparto: é feito em qualquer período após as 28 semanas de gestação, de preferência após as 37 semanas, para avaliar os batimentos cardíacos do bebê.
  • No intraparto: além dos batimentos cardíacos, avalia os movimentos do bebê e as contrações do útero da mãe durante o parto.

As verificações feitas durante este exame faz parte do conjunto de avaliações da vitalidade fetal, assim como outros como o ultrassom com doppler, que mede a circulação de sangue na placenta, e o perfil biofísico fetal, que faz diversas medidas para observar o correto desenvolvimento do bebê. Saiba mais sobre os exames indicados para realização no terceiro trimestre da gestação.

Como é interpretado

Para interpretar o resultado do exame, o obstetra irá avaliar os gráficos formados pelo sensores, no computador ou em papel.

Assim, em caso de alterações na vitalidade do bebê, a cardiotocografia poderá identificar:

1. Alterações da frequência cardíaca do feto, que pode ser dos tipos:

  • Frequência cardíaca basal, que pode estar aumentada ou diminuída;
  • Variações anormais da frequência cardíaca, que demonstra oscilações no padrão da frequência, sendo comum que varie, de forma controlada, durante o parto;
  • Acelerações e desacelerações dos padrões de batimentos cardíacos, que detecta se os batimentos diminuem ou aceleram de forma gradual ou abrupta.

2. Alterações da movimentação do feto, que pode estar diminuída quando indica algum sofrimento;

3. Alterações da contração do útero, observada durante o parto.

Geralmente, estas alterações ocorrem devido à falta de oxigênio para o feto, o que faz com que haja diminuição destes valores. Assim, nestas situações, o tratamento será indicado pelo obstetra de acordo com o tempo de gestação e com a gravidade de cada caso, podendo ser com acompanhamento semanal, internamento ou, até, necessidade de antecipação do parto, com uma cesariana, por exemplo.